Eu raramente escrevo sobre filmes, mas Enter the Void pede para ser comentado. É daqueles filmes "falem bem ou falem mal, mas falem de mim". Como o subtitulo em português diz é uma viagem alucinante, sobretudo visualmente falando e eu adoro esses filmes "trippy". São diferentes, criativos, fora da caixinha e estimulam você a pensar de outras formas também (viu? quem precisa de drogas?).
Eu sou horrível pra assistir filmes, durmo mesmo. The Void tem quase três horas de duração (2:46, por aí), algumas partes passam muito devagar ou são meio paradonas. Ou então luzes ficam piscando alucinadamente durante alguns instantes (atenção, epilépticos!). Mas ainda assim eu assisti até o fim com pausas apenas para o banheiro, haha. Então pontos para Gaspar Noé por me prender no sofá.
O caso é que: nunca vi um filme mais louco na minha vida. Basicamente um estrangeiro morando em Tóquio, drogado que começa a traficar e é morto pela polícia. Seu amigo Alex lhe emprestou O Livro Tibetano dos Mortos, e conta pra ele como a morte é a última viagem. Você fica flutuando e pode ver e ouvir tudo e todos, mas sem se comunicar. Quem é apegado à Terra e não vai pra luz vaga por aqui numa bad trip até reencarnar. E é o que acontece com o protagonista.
Mas só isso daria um filme comum. O melhor de Enter the Void é a direção. O filme inteiro você assiste sob a perspectiva do Oscar, o tal que morreu e começa a ver toda a vida dele até aquele momento e fica vagando por aí, sabendo da vida alheia. E é por isso que eu não costumo "resenhar" filmes. Fico frustrada por não conseguir explicar os artifícios maravilhosos que são usados. Mas achei um trecho que explica muito bem a direção:
Viagem Alucinante me agradou muito e é por isso que eu senti necessidade de compartilhá-lo mesmo sem me expressar como gostaria. Mas fica o alerta de que tem muitas cenas extremamente explícitas. Sério, explícitas de um jeito que você talvez não imagine. Assim,NÃO recomendo para menores de idade ou quem não gosta desse tipo de imagens/filme.
P.S.: Aceito dicas de filmes alucinógenos como esse, haha.Vi essa cena no Facebook, alguém comentou o nome do filme e eu fiquei curiosa. |
Mas só isso daria um filme comum. O melhor de Enter the Void é a direção. O filme inteiro você assiste sob a perspectiva do Oscar, o tal que morreu e começa a ver toda a vida dele até aquele momento e fica vagando por aí, sabendo da vida alheia. E é por isso que eu não costumo "resenhar" filmes. Fico frustrada por não conseguir explicar os artifícios maravilhosos que são usados. Mas achei um trecho que explica muito bem a direção:
"O personagem, a todo tempo, está fora de quadro e a câmera toma seu lugar fisicamente. A visão do espectador, então, passa a ser imediatamente igual à do personagem, não tendo nenhuma outra forma de identificação se não esta."
Ufa! Obrigada, Lucas Scalon.
Viagem Alucinante me agradou muito e é por isso que eu senti necessidade de compartilhá-lo mesmo sem me expressar como gostaria. Mas fica o alerta de que tem muitas cenas extremamente explícitas. Sério, explícitas de um jeito que você talvez não imagine. Assim,NÃO recomendo para menores de idade ou quem não gosta desse tipo de imagens/filme.
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